Não tenho escrito nada neste blogue, durante os últimos meses, e o motivo da minha ausência é simples. Descobri que correr pode ser algo agradável, e não uma atividade desportiva monótona e desinteressante - talvez um dia escreva como passei de ser um quase sedentário que dava umas voltas de bicicleta, uma ou duas vezes por semana para alguém que corre pelo menos duas a três vezes por semana durante de 45 minutos – e hoje fiz uma maluquice. Sai de casa decidido a correr 21km sem parar. Não fui sozinho, levei uma “lebre”, que me serviria também de testemunha e me ajudaria a chegar a casa inteiro e com um tempo dentro do que é aceitável.
Saímos pelas 19h30 para evitarmos o calor que já se faz sentir e fomos em direção a Vilarinho do Bairro. Mantivemos um ritmo constante que deve ter rondado os 10 Km/h. Chegados ao centro de Vilarinho e já com uma hora de corrida nas pernas e metade do percurso feito comecei a aumentar o meu ritmo. A lebre acompanhou, e puxou. Os problemas começaram três ou quatro quilómetros depois, quando me apercebi que estava com sangue no equipamento desportivo, não vou dizer aonde, porque é demasiado embaraçante.
Parámos para beber água na fonte dos Banhos, e dei-me conta que estava com sérias dificuldades em voltar a correr ao ritmo anterior. Como ainda estou numa fase inicial da minha aprendizagem do que se deve ou não fazer, antes, durante, e depois da corrida, não sei a que se deveu esta quebra de ritmo, mas provavelmente foi por termos ido beber a água da fonte, eu ter-me agachado para bebê-la, também pode ter sido por eu ter ficado 30 a 40 segundos parado. O ritmo só voltou passado um ou dois quilómetros, mas também não durou muito, já que os dois últimos quilómetros foram feitos em sérias dificuldades. No final fiz(emos) os 21 km em 2h18m, o que dá uma média de 9,3km/h ou se preferirem 6min e 25 seg. por quilómetro.
