Já não se via um dia destes à duas três semanas, mas por infelicidade não
pode partir antes das 17 30. Logo no começo cruzei-me com um ciclista, em cima
de uma Giant, fomos sempre a par até que ao quilometro 10, já em Espanha, a
câmara da roda da frente da minha bicicleta arrebentou, sorte minha que estavam
umas bombas por perto, onde se resolveu o problema. Esta não estava à espera
por isso não adicionei na minha bolsa de viagem.
Mais à frente mal se via, já com luzes na bicicleta e colete reflector, o que
não fez como que dois condutores quase me oferecessem o espelho lateral dos
seus respectivos carros. Acabei por fazer perto de 63km, parando em La Fuente
de San Esteban, pertence a Salamanca.
No parágrafo anterior esqueci-me de dizer quem me disse que havia ali uma residencial
foi o ciclista que me acompanhou, mas parou dois quilómetros antes. O
informador de há pouco disse-me que passava por onde eu estava e ia até
Salamanca. Esperei, esperei e decidi que me tinha que fazer à estrada. Desta
vez sempre a rolar com espírito até me deu para fugir ao percurso mais curto.
Cheguei ao destino pouco faltava para as nove da noite (hora espanhola), instalei-me tomei um
banho, jantei e cá e sou eu a escrever este texto.
Ciclismo - 304km
Tuesday 29 January 2013
Wednesday 23 January 2013
A estadia interna
Estava em Vilar Formoso há quase duas semanas, corri perto
de 20km e pedalei 0km. Pelo meu calculo para fazer 4.500km num ano tinha que,
por semana, pedalar 86,5km mais uns trocos. Com três semanas completas já vou
com 184, no entanto devia ir com 259,6. Este temporal não me tem ajudado em
nada, no que diz respeito em avançar em direcção a Moscovo. Em pequeno a minha
mãe sempre me dizia "agasalha-te que esta a nevar na serra da
estrela", a minha resposta a este conselho/ordem era "isso é lá aqui
não", foi então esta semana que me apercebi do que ela dizia. Agora é que
me devia ter dito, agora valeria a pena. Passei os dias entre paredes, só
quando via o meu colega da corrida a ligar-me é que me fazia à estrada. Vou
perder o colega porque ele irá para Madrid amanhã e agora? Parece que vou ter
que me focalizar no ciclismo, quero chegar a Cidad Rodrigo esta semana.
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Desafio 2013
Sunday 20 January 2013
Portugal às escuras
Na sexta-feira passada lá fui eu, acompanhado, correr novamente os 4,5km, agora a um ritmo aceitável com duas terríveis paragens pelo meio. Não foram bem paragens, mais quebras de ritmo e de correr passamos a andar.
No sábado de manhã acordei e vi um dia nunca antes visto, caixotes do lixo pela estrada fora, uma casa sem telhado, etc. Palmeiras bem altas quase que fazia um ângulo de 60º com o chão. Primeiro foi-se a luz, depois a água, somente gás. Passei o sábado nas minhas leituras e fazeres sem luz. Já que tinha parado de chover e vento já tinha perdido a força arranjei a bicicleta para domingo. Jantei cedo e pouco depois cama.
No domingo, acordei cedo olhei lá para fora e voltei para a cama, estava a chover, mas vento era como a electricidade ainda não se sabia dele.
Resumindo, parece que os portugueses não me querem cá, por isso tenho que ir em direcção a Espanha e será para a semana caso chova ou não. Para não me perder vou começar a anotar os quilómetros corridos tanto a pé como em cima dela.
No sábado de manhã acordei e vi um dia nunca antes visto, caixotes do lixo pela estrada fora, uma casa sem telhado, etc. Palmeiras bem altas quase que fazia um ângulo de 60º com o chão. Primeiro foi-se a luz, depois a água, somente gás. Passei o sábado nas minhas leituras e fazeres sem luz. Já que tinha parado de chover e vento já tinha perdido a força arranjei a bicicleta para domingo. Jantei cedo e pouco depois cama.
No domingo, acordei cedo olhei lá para fora e voltei para a cama, estava a chover, mas vento era como a electricidade ainda não se sabia dele.
Resumindo, parece que os portugueses não me querem cá, por isso tenho que ir em direcção a Espanha e será para a semana caso chova ou não. Para não me perder vou começar a anotar os quilómetros corridos tanto a pé como em cima dela.
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Thursday 17 January 2013
Repetição de quarta-feira
O tempo estava pior hoje, mesmo assim o mesmo corredor passou pelo mesmo
sitio onde eu estava e convidou-me novamente. Desta vez já começou a correr a
um ritmo mais baixo, mas no mesmo local parou e andamos 2minutos a pé.
Continuamos a correr e umas centenas de metros antes da previsível paragem
comecei a falar de corrupção, deve ser o tema actual no nosso país, vai daí que
ele começou a libertar toda a energia e a falar das pessoas corruptas da zona.
Sem ele dar conta olhei para o relógio e vi que estávamos a fazer um tempo
melhor que ontem, acabando os 4,5 com 29minutos corridos.
Desta corrida e conversa retirei uma coisa, cuidado comigo JLP.
Desta corrida e conversa retirei uma coisa, cuidado comigo JLP.
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Terra dos nuestros hermanos
Quarta-feira estava mau tempo como habitual desta semana, um habitante de Vilar Formoso, procurem vocês como se chamam, passou por mim equipado a rigor para correr viu-me minimamente vestido para esse efeito e convidou-me para o acompanhar. Correu em direcção à fronteira a um ritmo que eu em 5km não aguentaria, mas por algum motivo com um quilómetro feito parou e começou a andar. Ao chegar a Espanha e voltar para trás arrancou novamente e acabamos por fazer 4,5km/32minutos. Deu muito bem para apreciar a entrada do próximo país onde vou ficar instalado.
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Sunday 13 January 2013
Já em Espanha?!
Com tudo pronto despedi-me de Mangualde, em direcção a Vilar Formoso,
fronteira com Espanha. O tempo prometia chuva, no entanto ainda não se tinha
visto água vinda dos céus. Pelo caminho um em cada dez ciclistas que passavam
por mim tinham bicicleta de estrada, oito desses tinham de montanha. O curioso
e ainda bem que assim é, as pessoas ainda usam a bicicleta como meio de
transporte, citando o RSS "eu sei, eu sei" que muitas pessoas tem
bicicletas e usam-nas para esses fins, são muitas as cidades pelo Mundo onde
isso é um facto, mas quando o disse foi a respeito à minha cidade Oliveira do
Bairro. Na minha zona as pessoas usam os carros para se deslocar o mínimo que
seja, pessoas que conheço trabalham a uns 500-600metros de casa. Em média uma
pessoa anda 4km/h para fazer 500metros demora 7minutos. Fiquemos por aqui, já
estou a fugir muito ao assunto principal, continuemos.
Onde é que eu ia, ao sair de Mangualde vi uma placa a dizer Vilar Formoso segui em frente. Ao chegar a Fornos de Algodres começou a cair potes de água. Em Celorico da Beira estive tentado a comprar um queijo da Serra, era uma aposta ganha, acabei por não comprar visto que tinha mais quilómetros pela frente. Foi no trajecto de Celorico a Vilar Formoso que encontrei algum que não desejava 8km de paralelos. Quando terminei, encostei-me à direita, parei para verificar a trovão negro.
Qual é o meu espanto, quando acabo de almoçar, vejo o meu avô a sair do Comboio em Vilar Formoso. Veio dar a sua volta anual de comboio, aproveitou e veio despedir-se do neto. Partiu de volta enquanto eu fiquei hospedado ainda nas terras de D. Afonso Henriques.
A volta que fiz foi praticamente a mesma da semana passada, além de umas estradas a mais para ver se fazia os 96km. Nunca mais planeio, nesta viagem, onde vou ficar hospedado, vou acreditar que quando parar à sempre uma sopa, um duche quente e uma cama para mim.
Onde é que eu ia, ao sair de Mangualde vi uma placa a dizer Vilar Formoso segui em frente. Ao chegar a Fornos de Algodres começou a cair potes de água. Em Celorico da Beira estive tentado a comprar um queijo da Serra, era uma aposta ganha, acabei por não comprar visto que tinha mais quilómetros pela frente. Foi no trajecto de Celorico a Vilar Formoso que encontrei algum que não desejava 8km de paralelos. Quando terminei, encostei-me à direita, parei para verificar a trovão negro.
Qual é o meu espanto, quando acabo de almoçar, vejo o meu avô a sair do Comboio em Vilar Formoso. Veio dar a sua volta anual de comboio, aproveitou e veio despedir-se do neto. Partiu de volta enquanto eu fiquei hospedado ainda nas terras de D. Afonso Henriques.
A volta que fiz foi praticamente a mesma da semana passada, além de umas estradas a mais para ver se fazia os 96km. Nunca mais planeio, nesta viagem, onde vou ficar hospedado, vou acreditar que quando parar à sempre uma sopa, um duche quente e uma cama para mim.
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Friday 11 January 2013
Em Mangualde
Foi uma semana a passar com pouca agitação, em termos
desportivos as únicas vez que pratiquei foi na quarta-feira e sexta-feira.
Corri cerca de 4,5km com um colega, ao inicio parecia tempo recordes mas à
medida que os quilómetros que iam passando o tempo aumentava e as paragens
também. Nesta distância paramos três vezes após os primeiros dois quilómetros,
demoramos 30minutos. Ele ainda tem a infeliz ideia de dizer que eu com o meu
andamento fazia isto em 17minutos, o que dá perto de 16km/h, nem nos meus
sonhos. O tempo é algo que ninguém entende, para uns é uma coisa para outros é
outra. Já na sexta-feira esse mesmo colega combinou comigo correr novamente,
como ele não apareceu tive que correr sozinho. Estou a ver que tenho de
praticar desporto sozinho, enquanto uns passeiam animais domésticos, eu tenho
que me fazer à estrada em direcção ao melhor presunto do Mundo, Ciudad Rodrigo.
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Monday 7 January 2013
Partida para a aventura
Acordei, tomei o pequeno-almoço e equipei-me à Inverno, calças, casaco e
quase meia dúzia de acessórios. Eram 8:30 quando sai de casa, fui em direcção
ao Luso passando pela freguesia de Arcos. Desci o Luso em direcção a Mortágua e
mais à frente em Santa Comba Dão deparei-me com uma placa a dizer Mangualde a
47km, metade do percurso já estava feito. Ainda não disse, mas o meu objectivo
era chegar a Mangualde onde ficava hospedado em casa de um familiar de um amigo
do meu primo.
A última metade já foi mais difícil, sempre a subir até ao destino. Passei por grupos de ciclistas com bicicletas de montanha e carrinhas de caixa aberta transportando lenha. Já as pernas me doíam quando entrei em Nelas, suplicavam que parasse, faltam 10km, os mais dolorosos da viagem. Chegando a Mangualde com o contador a marcar 91km fui procurar a rua São José onde já me esperavam para almoçar.
Penso não me ter saído mal como contador de histórias?! O percurso real, com a mesma distância percorrida, foi em direcção à zona litoral da minha região, pedalando com o grupo da Mamarosa.
A última metade já foi mais difícil, sempre a subir até ao destino. Passei por grupos de ciclistas com bicicletas de montanha e carrinhas de caixa aberta transportando lenha. Já as pernas me doíam quando entrei em Nelas, suplicavam que parasse, faltam 10km, os mais dolorosos da viagem. Chegando a Mangualde com o contador a marcar 91km fui procurar a rua São José onde já me esperavam para almoçar.
Penso não me ter saído mal como contador de histórias?! O percurso real, com a mesma distância percorrida, foi em direcção à zona litoral da minha região, pedalando com o grupo da Mamarosa.
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Saturday 5 January 2013
Desafio 2013
Comprei uma bicicleta de estrada, não é uma bicicleta qualquer, é a minha
bicicleta! Baptizei-a como trovão negro, tenho-a desde 25 de Junho de 2012, já completou
2000km. Visto que fiz esta distância em seis meses, quero dobra-la este ano.
Com isto criei um percurso imaginário que o vou relatar à medida que pedalo
pelas minhas bandas. Que viagem é essa, perguntam vocês?! É da minha terra,
Oliveira do Bairro, até Moscovo, capital da Rússia. A razão que me levou a
escolher este destino foi de estar numa ponta da contrária onde parto,
atravessarei o continente Europeu. Sem estradas em mente partirei nesta viagem,
comigo levarei o necessário, a minha imaginação.
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